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sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013


Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade – Tudo o que você precisa saber.











Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade

Deficiência de atenção, controle de impulsos, regulação de atividade motora, afeta o psicossocial (família, escola, …). Pais se queixam de não concordância, imaturidade emocional, progresso acadêmico insatisfatório.
Observa-se: desatenção, impulsividade e hiperatividade, não escutam instruções, não terminam trabalhos, sonham acordado, incomodam-se facilmente. Interrompem outras crianças, não aguardam sua vez em atividades e jogos, iniciam tarefas antes das instruções serem  completadas, fazem comentários indiscretos, “sempre em movimento”, falam excessivamente, dificuldade de aceitar e adaptar-se as regras ou solicitações, fica mais acentuado na ausência do adulto, quando a auto-regulação é fundamental.
Início: antes dos 7anos.
Manifestação: lar, escola, comunidade.
Presença em: 3% a 5% da população, 50% levam para a vida adolescente e adulta. Na vida adulta pode resultar em depressão e alcoolismo.
Hiperatividade – é uma atividade motora intensa, composta por movimentos involuntários, associados aos movimentos voluntários, os quais a criança não consegue controlar. Muitas vezes essa movimentação intensa é acompanhada por hiperatividade verbal ou ideativa.







A criança com hiperatividade possui assim, um aumento na atividade motora. Um exemplo disso, seria quando colocamos uma criança com hiperatividade em frente a um aparelho de televisão; com freqüência mantém-se inquieta, movimenta-se constantemente, distrai-se facilmente.
A hiperatividade presente na vida motora da criança, também na  atividade cognitiva, baixa concentração.
Não coordenação Motora e Falta de Equilíbrio – são funções dependentes da maturação do cerebelo. Como esta maturação não está presente na maioria das crianças portadoras da Síndrome do Déficit de Atenção, elas possuem alterações na coordenação motora e falta de equilíbrio, sendo crianças que derrubam objetos, machucam-se freqüência.
Sensibilidade – ocorre devido o atraso na maturação das áreas do cérebro que comandam as noções de esquema corporal e praxias. As crianças com SDA possuem uma certa dificuldade gnósicas ( como de localização corporal) e alteração de sensibilidade. Sendo assim, essas crianças ao sofrerem algum tipo de ferimento, demoram mais para percebê-lo, e na maioria das vezes nem sabem como ocorreu.
Distúrbios da Fala- encontra-se atraso na aquisição e desenvolvimento da linguagem, fato que pode ocorrer devido à dificuldade de atenção.
São crianças tidas como “desligadas”, “inquietas”, “desajeitadas”, sendo na maioria das vezes rejeitadas pela sociedade. Devido a rejeição a qual é submetida, a criança pode desenvolver baixa estima e agressão.
Distúrbio de aprendizagem - A aprendizagem é prejudicada devido a dificuldade de concentração.
Portanto, as crianças com SDA são “crianças problemas” na escola, com muita dificuldade na aprendizagem, principalmente devido às alterações de atenção e conseqüentemente concentração.
No texto: ” Síndrome do Déficit de Atenção” Christiane Araújo Angelotti a autora contou com a colaboração ,na Parte I ,das Fonoaudiólogas: Kátia Meneghetti e Dinorah Q. L de Vita no ano de 1996.


 Observação:
- A hiperatividade não quer dizer “correr de um lado para o outro, mas sim também falar sem parar”.
- A dificuldade em permanecer atento TORNA-SE ACENTUADA EM TAREFAS COTIDIANAS, POUCO ESTIMULANTES.
Etiologia:
Desequilíbrio neuroquímico da dopamina e noropinefrina, região cerebral atingida: pré-frontal e límbica.
Possíveis causas: genética gravidez, complicações no nascimento ou pós nascimento, número menor por lesão cerebral, chumbo.
Ambiente pode exarcerbar mas não causara o DAS. O esclarecimento disto aos pais diminui a culpa.
Comorbidade:
Desobediência, brigas, crises de raiva, mentiras, roubos, transtorno desafiador opositor, transtorno de conduta -> alienam seus iguais que acabam respondendo com rejeição e hesitação social -> gerando baixa auto-estima.
Apresenta-se também baixa tolerância a frustração, depressão e ansiedade, pais muitas vezes ficam negativos e diretivos, acabam percebendo-se como não habilidosos, estressados, sentindo-se com depressão e discórdia conjugal.
O que fazer:  
A Psicoterapia Cognitiva mostra-se um recurso muito importante no tratamento da criança hiperativa, com tratamento Neurológico.  (Recomenda-se algumas vezes; Psicopedagogia ou Reabilitação Cognitiva)
1-Medicação
2-Treinar pais e educadores
-monitoramento (auto-observação e registro)
-avaliação e auto elogio (interiorizar critério de avaliação)
-treinamento de correspondência entre o que se diz e o seu comportamento
a- passada (valoriza-se verbalização da conduta e comunicação #  agir-comunicar: “criança descreva de forma precisa sua conduta passada”.
b- futura (valoriza-se verbalização da comunicação e conduta # comunicar-agir:
“criança comporta-ser de forma coerente em relação às previsões da conduta futura”) auto-instruir-se.
-reestruturar cognitivamente, revendo pensamentos distorcidos como: “Eu não consigo fazer nada direito ou Ninguém gosta de mim”.Assinalando a super-generalização.
3- No ambiente de reeducação deve haver um número limitado de estímulos- não adianta a apresentação de grande número de estímulos, vários jogos e brinquedos ao mesmo tempo. Deve-se ter o cuidado de apresentar um estímulo,por vez, para que a criança mantenha o interesse e a atenção por mais tempo possível.
4- Aprender auto-controle.
5- Conhecer espaço sócio-cultural de convivência do cliente.
6- Lidar com empatia.






















Síndrome do Déficit de Atenção

Diagnóstico Diferencial
Existem algumas patologias com uma sintomatologia semelhante à SDA,  tornando-se difícil um diagnóstico diferencial.
A seguir será feito um paralelo entre a SDA e outras patologias.

Problemas Psicológicos Graves – Nesses tipos de distúrbios, a criança geralmente possui hiperatividade. Porém, uma das diferenças encontradas que a difere da criança com SDA é que esta hiperatividade cessa em alguns momentos, principalmente quando a criança se encontra em situações novas ou difíceis. Quando, por exemplo, uma criança vai a casa de um desconhecido, ela procura, primeiramente , reconhecer o ambiente e as pessoas. Enquanto a criança com SDA, já entra no ambiente mexendo em tudo, inquieta, sobe e desce escadas…

Autismo- O que difere a criança autista da criança com SDA é o tipo de hiperatividade.

Na criança autista a hiperatividade é na maioria das vezes esteriotipadas, ritmada e repetitiva, ou seja, sempre com os mesmos movimentos numa mesma seqüência. Em alguns momentos a hiperatividade cessa para dar lugar a outras atitudes como por exemplo o choro, o riso, outras expressões faciais, etc.
Enquanto que na criança com SDA, a hiperatividade não cessa nunca, nem para dar lugar a outros comportamentos.

 Deficiência Auditiva – Este diagnóstico diferencial é muito importante, pois muitas vezes a mãe traz a queixa de que a criança ” não escuta bem”, ou “não presta atenção quando os outros falam com ela” e quando submetida á avaliação audiológica não é detectada uma alteração auditiva.
É nesse momento que o profissional pode suspeitar da SDA, principalmente se a avaliação audiológica for normal, somada a sintomas como hiperatividade e dificuldades escolares.

Esta criança pode apresentar uma audiometria normal e queixa por parte dos pais de que ela “não escuta direito”, tanto devido a dificuldades na seleção dos estímulos, devido a falta de maturidade do SNC ,especialmente da formação reticular, quanto por uma dificuldade no cumprimento das etapas do processamento auditivo central( principalmente a atenção) .



















 Dislexia 

Em crianças com SDA comumente, pode-se encontrar, quadros de disgrafia, discalculia e dislexia( dificuldade para ler e escrever).A disgrafia deve-se em geral à incoordenação motora. A discalculia pode ser proveniente da dificuldade que a criança possui da noção de equivalência quantitativa. A dislexia deve-se a dificuldade de concentração e reconhecimento dos símbolos gráficos.

Contudo, é importante ser feito o diagnóstico diferencial da criança com dislexia e da criança com SDA e sintoma de dislexia.
O paciente disléxico tem dificuldades de reconhecimento estritamente relacionados com símbolos gráficos,  não possui falhas de concentração e atenção como em clientes com SDA.
Um exemplo disso, é que uma criança com dislexia tem dificuldade na escrita, mas é capaz de realizar um jogo sem dificuldades em prestar atenção nas regras que envolvem o mesmo. Enquanto a criança com SDA possuirá dificuldade em perceber as regras, e manter atenção para tal atividade.




 Deficiência Mental

A criança portadora de deficiência mental possui seu desenvolvimento intelectual prejudicado, o que a impede em alguns momentos de realizar determinadas atividades, ou seja, ela é incapaz de entender, por exemplo, regras de jogos mais complexos.

Enquanto a criança com SDA, não é incapaz por ter função intelectual prejudicada ou deficiente, mas por ter dificuldade no campo da atenção.
A criança com Deficiência Mental na maioria das vezes pode não apresentar uma hiperatividade, mas sim um estado de agitação.
Outra característica da criança com deficiência mental é o quadro de hipotonia que a acompanha.
Afasia de Evolução – o que a diferencia da SDA é principalmente a existência de uma lesão cerebral, o que não acontece na SDA.


FONTE:
www.oconsutorio.neuroblog.com



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