quarta-feira, 18 de julho de 2012

CYBERBULLYING: O QUE É ISSO?




Bullying vem da palavra inglesa bully, que significa "valentão". São abusos físicos e psicológicos de um aluno contra o outro. Na verdade ele existe há muito tempo, mas não era interpretado como violência: era aceito como parte das relações sociais e do amadurecimento das crianças, ou até como brincadeira. Esse ato envolve apelidos, boatos, ameaças, críticas, isolamento e agressão física.
O Cyberbullying ou bullying virtual é uma prática que envolve o uso de tecnologias de informação e comunicação para dar suporte a comportamentos deliberados, repetidos e hostis praticados por um indivíduo ou grupo com a intenção de prejudicar alguém.



No ambiente virtual, segundo pesquisa realizada pela ONG PLAN Brasil, em março de 2010, o envio de e-mails maldosos sobre as vítimas é o tipo de ofensa praticada com maior frequência pelos alunos pesquisados do sexo masculino. Entre as meninas, o uso de ferramentas  e de sites de relacionamento são mais  recorrentes. 
Ana Beatriz Barbosa Silva, autora do livro Bullying: mentes perigosas nas escolas, explica que os praticantes de cyberbullying utilizam, na sua prática, os mais atuais e modernos instrumentos da internet e de outras tecnologias na área da informação e da comunicação (fixa ou móvel) com o intuito de constranger, humilhar e maltratar suas vítimas. Ea explica ainda que o bullying virtual, ao garantir o anonimato, acaba trazendo uma "blindagem" para os idealizadores e/ ou executores. Os bullies cibernéticos (ou virtuais) utilizam apelidos (nicknames), nome de outras pessoas conhecidas ou de personagens famosos de filmes, novelas e seriados.



Mas o cyberbullying não é apenas uma prática de aluno para aluno, mas também de aluno contra professores. Os alunos, por meio de celulares, conseguem fotos de seus professores e postam difamações na internet, fazendo todo tipo de montagem. Por meio das redes sociais, os alunos criam comunidades para desmoralizar os educadores.
Pode-se perceber facilmente esse fenômeno ao navegar no Orkut, uma das redes sociais mais utilizadas no país: basta clicar na parte de "busca" e escrever a frase " eu odeio professor", por exemplo. O resultado são páginas e páginas de comunidades contra professores.


A pesquisadora e autora do programa Antibullying Escolar, Cleo Fante, diz o que podemos fazer para lidar com este problema tão sério:

"Sugiro que, inicialmente, se faça um diagnóstico da escola - que conheça a sua realidade, que avalie as ações que estão sendo desenvolvidas e seus resultados. É fundamental que as escolas não se dediquem apenas às ações pontuais ou pequenos projetos, mas que, em parceria com a comunidade escolar, desenvolvam em seu Projeto Político Pedagógico programas preventivos alicerçados na cultura da Paz.
Por outro lado, é imprescindível que a família faça um diagnóstico, que reavalie seu papel e sua responsabilidade na educação dos filhos.
Também é importante que os adultos observem suas próprias ações, que podem ser exemplos de repúdio ou estímulo ao bullying.
O Trinômio escola-educadores-família tem seu papel decisivo na erradicação ou manutenção do bullying e/ou cyberbullying.
Portanto, abrir espaços para o diálogo; orientar crianças e adolescentes para a convivência social - independente do espaço, real ou virtual ; esclarecer a diferença entre o público e o privado; alertar para os benefícios e melefícios da tecnologia e para os perigos on-line e possíveis responsabilizações; ensinar ética, respeito e valores humanos - tudo isso é um bom começo."

FONTE: REVISTA LEYA NA ESCOLA






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