Esse distúrbio na fala é o que encontramos no personagem da Turma da Mônica
Você conhece algum portador de Dislalia? Pode-se dizer que o mais famoso deles é o personagem
de Maurício de Sousa, o Cebolinha, conhecido por trocar a letra “R” por
“L”, além de roubar o coelhinho da Mônica. Esse é um caso clássico de Dislalia,
um distúrbio de fala, caracterizado pela dificuldade em articular as
palavras e pela má pronunciação, seja omitindo, acrescentando, trocando
ou distorcendo os fonemas. Podemos citar alguns casos: a troca de “bola”
por “póla”; de “porta” por “poita”; de “preto” por “peto”; de “tomei”
por “omei”; de “barata” por “balata”; de “atlântico” por “atelântico”.
Outro exemplo comum envolve a pronuncia do “K” e do “G”: “ato” ao invés
de “gato”; “ma a o” no lugar de “macaco”.
As trocas mais comuns são:
- P por B;
- F por V;
- T por D;
- R por L;
- F por S;
- J por Z;
- X por S.
Até os quatro anos, o erro em pronunciar as palavras é considerado
normal, mas, após essa idade, continuar falando mal pode acarretar
sérios problemas, inclusive na escrita. Uma opção é fazer o trabalho
preventivo à alfabetização, evitando dificuldades escolares.
Possivelmente ocorra a estimulação do distúrbio caso
a criança use chupeta, mame mamadeira ou chupe dedo por tempo
prolongado, causando flacidez muscular e postura indevida da língua.
Vale ressaltar algumas dicas para não ajudar a desenvolver esse
distúrbio. Em muitos casos, os tios, avós, pais, enfim, acham graça
quando a criança fala de forma errada como “biito” (bonito), “tebisão”
(televisão), “Tota-Tola” (Coca-cola)… Mas é importante não achar fofo e
sempre corrigi-la. Falar certo diante da criança, para que ela cresça
sabendo e se habituando ao correto. O professor deve articular bem a
palavra, fazendo com que os fonemas estejam claros. Ao perceber em sala
de aula que um determinado aluno não está pronunciando bem, deve
procurar os pais e comunicá-los. E, como a fala é um ato motor
elaborado, troque informações com os professores de educação física, que
observam melhor o desenvolvimento psicomotor do aluno. O professor deve
tomar muito cuidado na hora da correção, para o aluno não se sentir
inferiorizado, por isso a necessidade e importância do fonoaudiólogo no
tratamento.
A Dislalia está subdividida em quatro tipos:
- Evolutiva: considerada normal em crianças e corrigida gradativamente durante o desenvolvimento;
- Funcional: quando ocorre a substituição ou eliminação das letras durante a fala e/ou distorção do som;
- Audiógena: acontece em indivíduos com deficiência auditiva, pois não consegue imitar os sons.
- Orgânica: ocorre em casos de lesão no encéfalo, o que impossibilita a pronuncia correta, ou quando há alteração na boca.
Cada caso exige um procedimento particular para o tratamento da dislalia,
mas o trabalho do fonoaudiólogo sobre a falha e dificuldade é
indiscutível. A criança será trabalhada e estimulada para desenvolver
algumas competências como a sensação e a capacidade de sentir os sons;
percepção, ou seja, a aptidão para reconhecer o som; e a elaboração, que
é a capacidade de reflexão sobre os sons percebidos. A partir daí,
falamos da autoconfiança, bom relacionamento, crescimento pessoal…
Acredite! A dislalia tem
tratamento, e, para isso, uma equipe interdisciplinar de profissionais
baseado em psicopedagogo, fonoaudiólogo, psicólogo entre outros, tem
muita importância para o resultado positivo.
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