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quarta-feira, 26 de junho de 2013

Afetividade na prática pedagógica




O afeto é um instrumento pedagógico que precede ao uso do giz e da lousa, todavia, não se tornou anacrônico. O afeto é científico: ao consumar o afeto, o cérebro recompensa o corpo por meio da liberação de impulsos químicos que trazem a sensação de prazer e de alegria. Ser afetivo não é ser adocicado. Ser afetivo é trabalhar com as qualidades as emoções, os interesses e os sonhos. Homem algum vive sem sonhos, pois eles despertam ações.

Em sala de aula, em termos práticos, é trazer para o campo das atividades pedagógicas o interesse e o amor dos atores da escola. Um aluno que ama aprender aprende melhor; um professor que ama ensinar ensina melhor. Porém, não podemos nos iludir achando que basta amar para ser bom professor. Antes, se eu amo, eu estudo, eu pesquiso, eu trabalho e, desta forma, adquiro instrumentos mediadores essenciais ao exercício docente. A carga de amorosidade que está em mim me faz ser um aprendiz do saber para exercer com equidade o meu ofício. A carga de amor que está em mim me faz interessado e responsável para descobrir alternativas nos processos de ensino e aprendizagem. Igualmente, a carga afetiva do aluno o faz irromper a lugares ainda desconhecidos de aprendizagem e saber.
Se não podemos ser afetivos sem adquirir os predicados necessários ao exercício docente, tampouco podemos exercer a prática pedagógica sem os atributos do amor. O que torna o homem feliz é o que ele possui de qualitativo, que outorga valor inestimável a coisas frugais e cotidianas. E sua maior expressão é o amor. O prazer e a vida estão no interior do homem. Por isso, desejo mais justo não há: o de ser feliz.
Quando pensamos em educação, há uma troca que se fundamenta no desejo. O afeto está ligado ao desejo, que surge de uma falta, de uma necessidade. A justa e estreme necessidade de completamento. É para tal que nascemos. Educadores, inevitavelmente, devem ser professores das matérias inerentes a esse princípio indelével da raça humana.
Então, como funcionam os mecanismos afetivos em sala de aula? Primeiramente, é preciso considerar que todo o aluno precisa ser amado, aceito, acolhido. Isso já é uma ação pedagógica. Em segundo lugar, ele precisa ainda ser ouvido, compreendido em seus desejos e curiosidades epistemológicas, que precisam ser estimuladas.
Um terceiro aspecto é a percepção objetiva do nível de desenvolvimento do aluno; seu andamento específico, seu ritmo de aprendizagem. Um quarto fator é o tempo de trabalho nas atividades pedagógicas que poderá ser mediado pelo afeto. Quanto mais o aluno se interessar pela atividade, maior será o tempo depreendido nela.
Podemos afirmar, então, que o afeto possui três dimensões: a pessoal, que desenvolve a autoestima do aluno, revelando as raízes da motivação e do interesse; a social, que estabelece as relações com aqueles que estão no campo escolar e que podem tornar o ambiente estimulante para a aprendizagem, pulsando vida, num espaço de expressão e de experimentação; e, por fim, a dimensão pedagógica, que cria e mantém os vínculos do aluno com o objeto de estudo, possibilitando afinidade com o processo de ensino e aprendizagem.
Com efeito, a partir do princípio afetivo da atividade pedagógica, o professor encontrará recursos para o seu trabalho em sala de aula. Não se trata de uma regra, mas de um caminho, pois o afeto traz o interesse para os movimentos de ensino e aprendizagem. Quais atividades o aluno gosta de fazer? Como utilizá-las para desenvolver sua aprendizagem? São perguntas que irão ser respondidas nesse percurso.
Ademais, na educação há a possibilidade de uma formação considerando a função social e construtivista da escola. Entretanto, o ensino dos conteúdos escolares não precisa estar centrado nas funções formais e nos limites pré-estabelecidos pelo currículo escolar. Afinal, a escola necessita aprender a se relacionar com a realidade do aprendente. Nessa relação, quem primeiro aprende é o professor e quem primeiro ensina é o aluno. O afeto é um potencial mediador dessa aprendizagem.
Sugestões de atividades:
  • Jogos diversos, principalmente aqueles que trabalhem linguagem, matemática e conhecimentos gerais;
  • Jogos e atividades que utilizem novas tecnologias digitais;
  • Trabalhos individuais e em grupo envolvendo, por exemplo, música, pintura e desenho;
  • Atividades esportivas individuais e coletivas;
  • Pesquisas em distintas áreas do conhecimento sobre temas que o educando tem interesse;
  • Atividades pedagógicas em que o aluno possa compartilhar com a turma o seu saber.
É bom ressalvar que tão importante quanto propiciar as atividades é observar como o aluno se comporta diante delas. Decerto, as tarefas na escola poderão ter conceitos objetivos e subjetivos para que o aluno aprenda de forma direta e indireta, desenvolvendo distintas áreas do conhecimento.


Eugênio Cunha 





sábado, 22 de junho de 2013

REAPROVEITANDO GARRAFAS PET...

Olá pessoal.

Hoje trouxe lindas ideias de reaproveitamento das garrafas PET.
Na escola ou em casa sempre tem garrafas e dar nova vida a este objeto que geralmente iria parar no lixo é uma maravilha, não é mesmo?
Fáceis de fazer e você  precisará de poucos materiais para fazê-los.



Vamos lá?





O CANTINHO DAS ARTES VAI FICAR UMA GRAÇA COM ESTES POTINHOS DE PET.
TUDO ORGANIZADINHO E BONITO DE SE VER.





CESTINHAS PARA LEMBRANCINHA DO DIA DAS MÃES






JOGO DE BOLICHE








VAMOS BRINCAR DE JOGO DA VELHA?






UMA COLORIDA CENTOPEIA...





VEJAM QUE OVELHINHA MAIS FOFA...





LINDA IDEIA PARA DECORAR A MESA DA FESTA ORGANIZANDO OS DOCINHOS.





POTINHOS DECORADOS COM EVA






JOGO DE ARGOLAS
(AS ARGOLAS FORAM FEITAS COM TAMPAS DE FARINHA LÁCTEA)




Espero que tenham gostado das dicas de reciclagem e possam colocá-las em prática.
Um abraço e feliz final de semana a todos!


IMAGENS:

BAZAR ARTESANATO
CRIE E FAÇA VOCÊ MESMO





sexta-feira, 21 de junho de 2013

AVALIAÇÃO: UM PROCESSO CONTÍNUO?





O resultado positivo mediante os objetivos propostos norteia o perfil profissional de todo educador. Ele se propõe a estabelecer uma estreita ligação entre os educandos de modo que esses apreendam os conteúdos de forma satisfatória.

Todavia, como nem tudo é realizado de forma homogênea, existe este ou aquele aluno que não consegue superar as expectativas apresentadas. É chegado, portanto, o momento de o educador rever suas técnicas de aplicação no que se refere à didática aplicada, avaliar a relação dentro do contexto de sala de aula, entre outras medidas.

Um fator recorrente de extrema relevância nesta tarefa é partir do princípio de que o aluno sempre deve ser visto como um “todo”, ou seja, ele é fruto, antes de tudo, de um convívio familiar, de um círculo de amizades, para depois tornar-se alguém que se propõe a receber a educação formal.

Em virtude disso, o ato de avaliar torna-se muito mais complexo do que realmente parece, pois é por meio desse que o educador se norteará no propósito de traçar suas metas rumo ao sucesso almejado.

Para isto, torna-se imprescindível que o educador faça o uso correto desta ferramenta, afim de que a mesma não se torne instrumento de punição e nem seja algo de caráter desclassificatório, mas sim como uma análise do desempenho em relação ao ensino X aprendizagem.

De posse de todo esse procedimento em relação ao conceito sobre a avaliação, uma vez que esta representa um processo contínuo e sistemático, resta-nos entender um pouco mais sobre as modalidades em que os objetivos deverão ser aplicados.

Para tal, discutiremos sobre a avaliação Diagnóstica, Formativa e Somativa, respectivamente:

A avaliação Diagnóstica se dá num primeiro estágio mediante o contato estabelecido entre Educador X Educando, ou seja, ele avaliará o nível de conhecimento da turma em relação a conteúdos já ministrados, isto é, se possuem os pré-requisitos para a aquisição de novos conhecimentos, e o que é mais importante, se possuem aptidão para dominá-los posteriormente. Esse procedimento facilitará os caminhos a serem traçados pelo educador no objetivo de atingir os objetivos propostos.

A Formativa é aquela que, como o próprio nome já diz, faz parte da proposta pedagógica de toda instituição de ensino, a qual pauta-se por avaliar o nível de rendimento dos alunos frente aos conteúdos ministrados.

Desta feita, é de extrema importância que o educador não procure estigmatizar aqueles que não alcançaram a meta desejada, e sim procure detectar as possíveis “falhas”, oferecendo-lhes oportunidades de crescimento.

A outra é a chamada Somativa, de caráter classificatório, onde serão computados todos os resultados referentes ao ano letivo em relação ao nível de aprendizagem, consistindo, portanto, na promoção ou não, para as séries vindouras.




FONTE: 
Vânia Duarte
Graduada em Letras
Equipe Brasil Escola




sábado, 8 de junho de 2013

A CRIANÇA DEFICIENTE AUDITIVA NA SALA DE AULA



É a perda parcial ou total da audição, causada por má-formação (causa genética), lesão na orelha ou nas estruturas que compõem o aparelho auditivo.
A deficiência auditiva moderada é a incapacidade de ouvir sons com intensidade menor que 50 decibéis e costuma ser compensada com a ajuda de aparelhos e acompanhamento terapêutico. Em graus mais avançados, como na perda auditiva severa (quando a pessoa não consegue ouvir sons abaixo dos 80 decibéis, em média) e profunda (quando não escuta sons emitidos com intensidade menor que 91 decibéis), aparelhos e órteses ajudam parcialmente, mas o aprendizado de Libras e da leitura orofacial, sempre que possível, é recomendado.
Perdas auditivas acima desses níveis são consideradas casos de surdez total. Quanto mais agudo o grau de deficiência auditiva, maior a dificuldade de aquisição da língua oral. É importante lembrar que a perda da audição deve ser diagnosticada por um médico especialista ou por um fonoaudiólogo.
Como lidar com a deficiência auditiva na escola?
Toda escola regular com alunos com deficiência auditiva tem o direito de receber um intérprete de Libras e material de apoio para as salas de Atendimento Educacional Especializado (AEE). Para isso, recomenda-se que a direção da escola entre em contato com a Secretaria de Educação responsável.
No dia a dia, posturas simples do professor em sala facilitam o aprendizado do aluno surdo. Traga- o para as primeiras carteiras e fale com clareza, evitando cobrir a boca ou virar de costas para a turma, para permitir a leitura orofacial no caso dos alunos que sabem fazê-lo. Dê preferência ao uso de recursos visuais nas aulas, como projeções e registros no quadro negro.

Para os alunos com perda auditiva severa ou surdez, a aquisição da Língua Brasileira de Sinais é fundamental para a comunicação com os demais e para o processo de alfabetização inicial. O aprendizado de libras ocorre no contraturno, nas salas de AEE.
É importante que professores da escola solicitem treinamento para aprender libras ou peçam o acompanhamento de um intérprete em sala. Isso garante a inclusão mais efetiva dos alunos.

FONTE:
REVISTA NOVA ESCOLA


sexta-feira, 7 de junho de 2013

FANTOCHES DE CAIXAS DE LEITE TETRA PAK


Olá pessoal!


Trouxe algumas sugestões de fantoches reutilizando caixas de leite.





Abaixo, o PAP. 
Muito fácil de fazer!






Corte a caixa ao meio, como na imagem.





Forre-a com papel kraft ou outro papel .
Na parte inferior (boca) você cobre com o papel que estiver forrando para não ficar uma abertura.
Para isso, coloque alguns jornais amassados para encher essa parte e facilitar a colagem.



Decore-a  de acordo com o personagem: fada, bruxa, princesa, caçador, menina, menino ou animais.





Abaixo, algumas sugestões....











Espero que tenham gostado das ideias....Até mais!
Feliz final de semana a todos!



quinta-feira, 6 de junho de 2013

ENTREVISTA COM ANA MARIA KAUFMAN SOBRE ALFABETIZAÇÃO



A pesquisadora argentina afirma que as intervenções do professor são essenciais no processo de construção da escrita pela criança.

Professora de Psicologia e Epistemologia da Universidade de Buenos Aires, a argentina Ana Maria Kaufman também é pesquisadora do Programa Escuelas para el Futuro, da Universidade de San Andrés, na Argentina, e assessora da área de Línguas do Colégio Alas de Palomar. No início dos anos 1970, fez parte de um grupo de pesquisas sobre a alfabetização ao lado de Emilia Ferreiro, Ana Teberosky, Alicia Lenzi, Suzana Fernandez e Lílian Tolchinsk, no qual, segundo ela, nasceu sua paixão pelo tema. É autora de, entre outros livros, Escola, Leitura e Produção de Textos, Alfabetização de Crianças: Construção e Intercâmbio e A Escrita e a Escola. Para ela, "a única forma de alfabetizar é ver a leitura e a escrita como práticas sociais. Ensinadas de forma solta, as letras, as palavras e as normas gramaticais não servem para formar leitores e escritores. Essas coisas apenas têm sentido quando estão incluídas em situações de leitura e escrita". Nos últimos dez anos, ela se dedica ao estudo da construção de resumos escritos. "Resumir é estudar, é reescrever um texto uma vez e outra vez, até que se entenda o que há de mais importante ali. Dentro dessa perspectiva, creio que o resumo é fundamental porque implica a verdadeira compreensão do texto.
Por que é importante promover o contato da criança com a leitura antes mesmo de ela saber ler como os adultos?


ANA MARIA KAUFMAN: Bom, como lê uma criança que ainda não sabe ler? Nesse caso, é fundamental que o professor proporcione situações em que os textos estejam contextualizados, ou seja, que não apresente palavras e frases soltas, sem informação adicional, pautando-se apenas por ensinar as letras e o som das letras. Porque dessa maneira o aluno vai aprender a relacionar as letras, mas não desenvolverá estratégias de leitura. 

Que informações o professor pode passar para estimular a turma?


ANA MARIA: O desenvolvimento dessas estratégias pode ser estimulado em duas situações. Na primeira delas, o texto vem acompanhado de imagens, por meio das quais a criança pode antecipar o que está escrito em função das figuras que acompanham o texto. Isso é possível em contos ilustrados e histórias em quadrinhos, ou seja, é uma ajuda para a leitura da criança. Essa ajuda também pode ser dada por objetos, por exemplo, quando uma criança olha para uma caixinha de leite e consegue não necessariamente ler toda a informação que está ali, mas, por conhecer alguma letra, descobrir onde está escrito "leite". É um processo, porque no começo as crianças antecipam tudo em função da imagem e depois tentam relacionar a imagem com a escrita: "Não, isso que penso não pode ser, pois o que está escrito aqui é muito grande e o que estou querendo dizer é apenas um nome". Os alunos começam a levar em consideração características quantitativas e qualitativas da escrita para saber se o que estão pensando pode ou não pode ser, até que finalmente acabam aprendendo a ler. A outra estratégia é dar às crianças textos sem imagens, mas informando sobre o conteúdo.

Ele pode utilizar textos previamente conhecidos pelos estudantes?


ANA MARIA: Sim. O professor oferece a estrofe de uma canção que o aluno já conhece ou lhe explica o que está escrito ali. Só então pede que identifique palavras: o que diz na primeira linha? E essa palavra, qual é? Onde está escrito isso? São dois caminhos básicos para proporcionar à criança situações de leitura antes que ela leia convencionalmente e fazer com que se aproxime da leitura convencional lançando mão de boas estratégias de leitura.

O que a senhora quer dizer com "estratégias de leitura"?


ANA MARIA: Quando lemos, não vemos todas as letras, mas antecipamos em função de algumas letras conhecidas, decidimos e vamos vendo o que é mais e menos importante, prestamos mais atenção quando damos mais importância, relacionamos os dados... É uma estratégia de leitura, por exemplo, descobrir as relações entre diferentes elementos do texto. Se aqui diz "ali", a que esse termo pode se referir? Em algum outro lugar do texto, há uma parte à qual "ali"está fazendo referência. São estratégias que o leitor utiliza. Elas incluem não só o descobrimento dessas correferências, que ligam elementos uns com os outros dentro do próprio texto, mas também das inferências ao não-escrito. A criança pode ir despertando desde cedo para tais estratégias, de acordo com essas propostas.

O que provoca o conflito entre a palavra escrita e as hipóteses do aluno?


ANA MARIA: Há situações de contato com os textos que seguramente vão estimular essa confrontação. São quatro estratégias que podem levar as crianças a avançar: escutar a leitura feita pelo professor, ditar para um mestre escriba, e ler e escrever por elas mesmas.

Como se constrói a relação entre o conteúdo que os alunos já sabem de cor e o mesmo conteúdo que o professor escreve no quadro-negro ou pendura na parede, como nas atividades com cantigas e parlendas?


ANA MARIA:Isso ocorre quando a criança começa a descartar determinadas antecipações: "Não, com essa letra não, porque com essa letra começa a outra palavra que já conheço". Ou seja, há um mal-entendido quando pensam que somos contra o ensino das letras. O que não podemos fazer é ensiná-las numa determinada ordem ou descontextualizadas, mas de outra maneira. Por exemplo, os estudantes trabalham com o nome dos colegas de sala e vão percebendo quais letras estão em cada um deles. Assim, passam a saber que a letra "p" serve para escrever o nome "Paulo".

A lista de presença, assim, se transforma em instrumento de alfabetização. Que outros recursos podem ser utilizados pelo professor?


ANA MARIA: Propomos que nas salas de Educação Infantil haja dois materiais básicos: o abecedário, mas sem imagens, para que a criança possa visualizar quantas letras há em nosso alfabeto, em que ordem elas aparecem e que essas são todas as letras que existem e sempre estarão nessa ordem quando busco informação numa enciclopédia, agenda ou lista telefônica. No abecedário ilustrado, essa capacidade se perde porque as figuras no meio das letras atrapalham a percepção dos alunos. Além disso, é importante ainda a existência de bancos de dados, com figuras e seus nomes - um cachorro com "cachorro" escrito embaixo -, que esteja à disposição das crianças o tempo todo, para quando ela sinta a necessidade de buscar essa informação.

Como a criança identifica as partes de uma estrofe ou de uma canção?


ANA MARIA: Bom, é provável que o professor diga ao aluno: "Você não acha que, quando te dizem 'Alma', você tem de buscar uma palavra com 'a'? Se há mais de uma palavra com 'a', no que você tem que prestar atenção para saber quando diz 'Alma' e quando diz 'Ana'?" Esse trabalho tem de ser feito permanentemente com os estudantes.

Então a intervenção do professor é importantíssima no processo, não?


ANA MARIA: Sim. É importante que o professor, seja como for, ensine. Porque erros muito sérios foram cometidos pensando assim: ah, se isso é uma construção, a psicogênese, há que se ver como a criança avança, temos de deixá-la... Não, o professor sempre deve ensinar, ler e escrever com as crianças e propor situações de leitura e escrita e fornecer informação. Sempre. Senão alguns alunos poderão aprender, e outros, não. 



FONTE:

http://borboletandonacriativaidade.blogspot.com





quarta-feira, 5 de junho de 2013

É BRINCANDO QUE SE APRENDE!




É mágico ver uma criança brincando, pulando, correndo ou até mesmo encantada com um brinquedo colorido. Podemos utilizar esta magia para proporcionar momentos de aprendizagem. Engana-se quem pensa que o aprender só se dá através de rotinas pesadas e atividades tradicionais. Bem pelo contrário, no momento em que brincamos com objetividade estamos levando o conhecimento para a criança de maneira lúdica e diferenciada. 

A criança e o brincar são contextos únicos, o brincar é tão essencial à criança quanto o trabalho é para os adultos. Não se pode pensar na ideia de ter uma criança sem dar-lhe tempo e propiciar-lhe momentos de ser e de se sentir criança. A criança que não brinca não aprende, não tem interesse, não tem entusiasmo, não demonstra sensibilidade e não desenvolve afetividade. Daí a necessidade de compreender o brincar como uma linguagem infantil, uma maneira que as crianças pequenas utilizam para falar não convencionalmente, mas para se expressar e demonstrar seus sentimentos, suas vontades, suas inquietudes.

Ao brincar de carrinho, por exemplo, a criança assimila fatos que ela vê e observa na vida cotidiana; além de repetir o que vê o adulto fazendo, ela incorpora e repete na brincadeira. Se ela brinca com o carrinho de forma agressiva, batendo em objetos, fazendo o carrinho capotar, ela simplesmente está tentando se comunicar, repetindo com seus brinquedos cenas da vida doméstica e comportamentos dos adultos, utilizado-se desta linguagem para dizer que “foi isso que ela aprendeu”, daí a necessidade mediadora nas múltiplas ações do brincar e atenção ao exemplo. 

Pretende-se com esse pensamento reavaliar nossas concepções acerca da criança e do brincar, é brincando que a criança aprende, e observando que ela incorpora, é através de brincadeiras que a criança expande seu mundo e amplia seus conhecimentos, nesse sentido escreve Montessori, “façamos de conta que a criança é um operário e que a finalidade de seu trabalho é produzir o homem. Porque o trabalho das crianças não produz um objetivo material, mas cria a mesma humanidade; não uma raça, uma casta, um grupo social, mas a humanidade inteira”. 

Texto retirado da Revista Escola 



terça-feira, 4 de junho de 2013

CONSTRUA PONTES E NÃO MUROS AO SEU REDOR (ATIVIDADE FEITA COM TURMA DO 5º ANO)

Dois  irmãos  que  moravam  em  fazendas vizinhas, separadas apenas por um riacho,  entraram em conflito. Foi a primeira grande desavença em toda uma vida de trabalho lado a lado.
Mas  agora  tudo havia mudado. O que começou com um pequeno mal entendido,
finalmente  explodiu numa troca de palavras ríspidas, seguidas por semanas de total silêncio.

Numa manhã, o irmão mais velho ouviu baterem à sua  porta.

"Estou  procurando  trabalho. Sou  pedreiro. Talvez  você tenha algum serviço para mim."
 "Sim,  disse o fazendeiro. Claro! Vê aquela fazenda ali, além do riacho? É do  meu  vizinho.  Na realidade do meu irmão mais novo. Nós brigamos e não posso mais suportá-lo. Vê aquela pilha de tijolos e  aqueles sacos de cimento ali no celeiro? Pois use para construir um muro bem alto."
 
O irmão mais velho entregou o material e foi para a uma viagem onde passaria alguns dias em outra cidade.

O   homem ficou ali  trabalhando por vários dias. 

Quando o fazendeiro chegou, não acreditou no que viu: em vez de muro, uma ponte  foi  construída ali, ligando as duas margens do riacho. Era um belo trabalho, mas o fazendeiro ficou  enfurecido e falou:
"Você  foi atrevido construindo essa ponte depois de tudo que lhe contei."

Mas as surpresas não pararam aí Ao olhar novamente para a ponte viu o seu irmão  se aproximando de braços abertos. Por um instante permaneceu imóvel do seu  lado do rio.

O irmão mais novo então falou:
"Você realmente foi muito amigo construindo esta ponte mesmo depois do que eu lhe disse."

De  repente, num só impulso, o irmão mais velho correu na direção do outro e abraçaram-se, 
chorando no meio da ponte.

O  pedreiro que fez o trabalho, começou a fechar a sua caixa de ferramentas.
"Espere, fique conosco!  Tenho outros trabalhos para você."

E o  pedreiro respondeu:
"Eu adoraria, mas tenho outras pontes a construir..."

Já pensou como as coisas seriam mais fáceis se parássemos de construir  muros  e  passássemos a construir pontes com nossos familiares, amigos, colegas do trabalho e  principalmente nossos  inimigos?

Muitas vezes desistimos de quem  amamos  por  causa  de  mágoas  e mal entendidos.

Vamos deixar  isso de lado, ninguém é perfeito, mas alguém tem que dar o primeiro passo.
Construa pontes ao seu redor!



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O texto apresentado acima foi trabalhado numa turma de 5º ano na Escola Estadual Prefeita Joanita Arruda Câmara por mim e pela Professora Josemayre.
O referido texto é muito interessante para trabalharmos diversos valores, como: perdão, afetividade, amizade, solidariedade, respeito, ética, entre outros.






Após a leitura do texto, os alunos fizeram comentários e expuseram suas reações com relação à mensagem. 






Colocamos na lousa, as palavras PONTE e MURO em lados opostos. 
Os alunos escreveram em placas de papel kraft o que para eles significava cada uma dessas palavras.









Ao final, a proposta foi que fizessem um cartaz com gravuras que indicassem o que é PONTE para eles.








Aqui, o cartaz que eles fizeram e cada um falou sobre a figura que colocou.








Para encerrar nosso trabalho, compartilhamos a música "VAMOS CONSTRUIR" , de Sandy e Júnior.






A maioria dos alunos da nossa escola são de periferia e muitos convivem com uma triste realidade: violência, a negligência por parte dos pais, alcoolismo,enfim, são crianças carentes de afetividade.
Nosso intuito é sempre trabalhar com textos voltados para o resgate dos valores, atualmente tão esquecidos e principalmente, o resgate da família como base para o crescimento sadio da criança.




domingo, 2 de junho de 2013

DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM





Definição

As dificuldades de aprendizagem são um problema escolar e social e são uma das principais causas de encaminhamento de crianças para avaliação psicológica. O conceito de dificuldades de aprendizagem é muito amplo e o seu significado abrange qualquer dificuldade observável enfrentada pelo aluno para acompanhar o ritmo de aprendizagem de colegas da mesma faixa etária.
Estas dificuldades podem manifestar-se na aquisição e uso da escrita, fala, leitura, no raciocínio ou habilidade matemática.
Um aluno com dificuldades de aprendizagem não apresenta necessariamente um baixo ou alto Quociente de Inteligência. Apresenta sim uma dificuldade específica em determinada(s) área(s). Apesar de estarmos perante um problema neurológico, com apoio e intervenção adequados, esses mesmos alunos podem ter sucesso escolar e continuar a progredir em carreiras bem sucedidas, e mesmo de destaque, ao longo das suas vidas.

Possíveis causas

Nunca existe uma causa única para os problemas de aprendizagem. Várias teorias têm sido formuladas para explicar as causas das dificuldades de aprendizagem, sendo que as mais comuns são a existência de defeitos ao nível da estrutura cerebral; má nutrição; herança genética; falta de estimulação durante as fases de desenvolvimento precoce do bebê; quantidades incorretas de vários neurotransmissores ou problemas no uso dos mesmos por parte do cérebro e outras.

Avaliação

A avaliação das dificuldades de aprendizagem deve começar sempre por uma entrevista aos pais e aos professores. É necessário compreender como é que o aluno se comporta em casa e na escola, sobretudo nos momentos em que está envolvido nas suas tarefas escolares. Se esse comportamento altera quando está perante uma situação de avaliação, se se mostra deprimido, com dificuldades de concentração, se é imaturo, se tem ou não estratégias de resolução de problemas…
A avaliação do aluno inicia-se pela sua capacidade intelectual e áreas ligadas à psicomotricidade (lateralidade). Igualmente importante é avaliar a qualidade, a velocidade e o nível de leitura assim como a ortografia, caligrafia e cálculo.
Finalmente avalia-se a consciência fonológica. As atividades de consciência fonológica avaliam a capacidade em associar um som ao símbolo gráfico correspondente, isto é, a representação simbólica desse mesmo som.

Tratamento

Depois de serem avaliadas as verdadeiras causas e consequências das dificuldades de aprendizagens várias são as estratégias que permitem ajudar o aluno.
O Treino da Consciência Fonológica permite ensinar ao aluno a associar um grafema (letra) ao fonema (som). Igualmente se treina a Leitura, especificamente a velocidade, o ritmo, a entoação, a fluência, a compreensão e os erros específicos. O Treino da escrita e do cálculo são áreas que devem ser intervencionadas se na avaliação tiverem sido detetadas dificuldades.
Não menos importantes são o treino de resolução de problemas, o treino da caligrafia, a educação psicomotora, o treino Percetivo-Motor, o treino da memória, da atenção, a educação multissensorial e o treino de hábitos e métodos de estudo.
A área emocional deve ser obrigatoriamente avaliada. Alguns autores consideram que a causa do fracasso escolar reside na problemática emocional enquanto que outros defendem que um mau rendimento escolar leva a dificuldades emocionais. A verdade é que a auto-estima e a motivação são ingredientes indispensáveis no desempenho escolar e pessoal bem sucedido do aluno. Uma criança triste e desmotivada não está disponível para a aprendizagem. Daí a importância da avaliação e intervenção na área emocional.




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