De acordo com as pesquisas de EMÍLIA FERREIRO e ANA TEBEROSKY, já replicadas no mundo inteiro, as crianças elaboram diferentes hipóteses sobre o funcionamento do sistema de escrita - com quantas letras se escreve uma palavra, quais são elas e em que ordem elas aparecem.
Na fase em que o aluno adota simplesmente o critério de que, para escrever, é preciso uma quantidade de letras (no mínimo três) diferentes entre si, a hipótese é considerada PRÉ-SILÁBICA.
Quando passa a registrar uma letra para cada emissão sonora, ela está no nível SILÁBICO - inicialmente sem valor sonoro e depois com a correspondência sonora nas vogais e/ou nas consoantes.
Na hipótese SILÁBICO-ALFABÉTICA, as escritas incluem sílabas representadas com uma única letra e outras com mais de uma letra.
E, finalmente, quando começa a representar cada fonema com uma letra, considera-se que ele compreende o princípio ALFABÉTICO de nossa escrita.
No entanto, mesmo nessa fase, os alunos ainda apresentam erros de ortografia.
Veja como poderia ser a escrita da palavra CAMISETA de acordo com cada hipótese:
PRÉ-SILÁBICA: P B V A Y O
SILÁBICA SEM VALOR SONORO: E R F E
SILÁBICA COM VALOR SONORO: K I Z T
SILÁBICO-ALFABÉTICA: K A I Z T A
ALFABÉTICA: C A M I Z E T A
Nesse último exemplo, temos o que já seria considerada uma escrita alfabética, mas ainda com erro ortográfico, que precisa ser trabalhado pelo professor.
A Revista Nova Escola ALFABETIZAÇÃO, de Abril/2012 está maravilhosa!
Vejam alguns assuntos abordados:
* Entrevista com Telma Weiss : "Alfabetização no contexto da cultura escrita".
* Particularidades da escrita silábico-alfabética.
E muito, muito mais. É só conferir!
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigada pela visita....Não esqueça de deixar seu comentário.