O QUE EU FAÇO? pergunta o professor angustiado…
A complexidade da questão ultrapassa os
limites dos portões da escola, pois envolve todas as formações,
informações, interações sociais, enfim tudo o que constitui a vida
destes alunos; o que a escola pode fazer, ou desfazer é um desafio, que
possivelmente a longo prazo possa trazer resultados significativos,
enquanto que o desempenho escolar, mais uma vez é prejudicado, uma vez
que que as condições de aprendizagem exigem também a dinâmica do
comportamento.
Na sexualidade infantil surgem os
primeiros “impulsos sexuais” denominados pela psicanálise de “impulsos
parciais”, por estarem ainda indiferenciados.
A puberdade está também acontecendo precocemente, quando as transformações fisiológicas estão ligadas à maturação sexual.
Uma série de fatores de ordem fisiológica, emocional, sejam por fatores externos provenientes do tipo de cultura , da sociedade.
A puberdade está também acontecendo precocemente, quando as transformações fisiológicas estão ligadas à maturação sexual.
Uma série de fatores de ordem fisiológica, emocional, sejam por fatores externos provenientes do tipo de cultura , da sociedade.
Tais fatos, em que meninos antes dos 9 ou 10 anos, e meninas antes dos 8 anos entrando na puberdade é considerado patológico.
Os estímulos externos dirigidos às crianças através da publicidade, da mídia, dos modelos de beleza, da cultura da beleza física, impulsionados pelos interesses empresariais; outros estímulos direcionados à sexualidade, em maior grau às meninas, em menor grau aos meninos, com vistas ao consumo, não demonstrando a menor preocupação com as distorções que poderão causar, invadem os lares, os espaços sociais infantis, incitando-os a se apropriarem de roupas, de cosméticos, músicas com letras e danças sensuais, criando um mini-adulto, estereotipado, deixando-os muitas vezes expostos ao ridículo, que os provedores, os pais, não percebam.
A título de “liberdade de expressão”, em países como o Brasil, cujas leis são tão permissivas a ponto de crianças de qualquer idade ter livre acesso à pornografia impressa, televisiva e agora através da Internet.
Aquele desenvolvimento normal da sexualidade infantil detalhado por Freud, ficou perdido em meio ao avanço da tecnologia numa velocidade difícil até de se acompanhar e a falta de leis que regulem o uso destes recurso tecnológicos, principalmente por crianças e adolescentes.
É uma linguagem que vem de fora totalmente inadequado
ao desenvolvimento natural das crianças e adolescentes.
Apelos à sexualidade de forma atrativas, provocativas, deixando a
libido alterada antes de seu momento certo, cujas repercussões futuras
na vida destas crianças são imprevisíveis, pois uma visão deturpada do
que seja sexualidade, relacionamento e vida é o que lhe s aguarda.
Dentro deste contexto questões de ordem psicossocial tem colocado não
somente as escolas como toda a sociedade, numa batalha de proteção à criança, contra o abuso sexual, a pedofilia…
A Psicopedagoga Maria Alice L. Pinto faz um paralelo com a realidade em
que estão expostas estas crianças quando diz: "Não devemos então nos
escandalizar com pedófilos, estupradores, sádicos e outros insanos, que
vem recheando nosso jornais dia após dia, crescendo cada vez mais o
número de crianças vítimas de abuso sexual.” sem contar os casos que
ficam no silêncio criminoso entre quatro paredes.
Ajuiguerra, quando se refere a
EDUCAÇÃO DA SEXUALIDADE E DISTÚRBIOS PSICOSSOCIAIS da CRIANÇA, dá um
enfoque a essa evolução instintiva e o quadro social no qual a
sexualidade se desenvolve, é a experiência, isto é , as condições
sociais, que transformam as potencialidades em realidade, canalizando as
exigências instintivas, dirigindo-as , ora a determinadas direções,
favorecendo alguns, bloqueando outras e mesmo dirigindo uma parte delas
contra outras”.
E ninguém pode prevê o futuro destas crianças tão expostas pelos próprios responsáveis ás condições de conflitos psíquicos.
Os pais são coniventes , sem ter a noção da extensão do problema, e a escola, o que pode e deve fazer?
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