A tradição é milenar. O ato de contar histórias
remonta o início da civilização quando através da narração de histórias, os mais
velhos transmitiam seus ensinamentos aos jovens e fundamentavam o início de
nossa cultura oral. Mesmo com a chegada da escrita e de tecnologias modernas
como a Internet, o ato de contar histórias permanece com lugar de significativa
importância social, cultural e educativa. Quase todos já ouviram falar de
Sherazade, a rainha que contou histórias por mais de mil e uma noites para
evitar ser morta pelo próprio marido. Esse poder das palavras e da imaginação,
que a manteve viva, continua forte e alimentando a fantasia de muita gente. Por
isso, aproveitando que no próximo dia 20 de março é comemorado o Dia do Contador
de Histórias, fomos conhecer um pouco mais desse mundo mágico nascido pelas
palavras de quem conta e encanta crianças, jovens e até mesmo adultos.
“Contamos histórias para tentar explicar o
mundo, olho no olho, através da voz e dos gestos. Estamos cada vez mais isolados
pela vida urbana e pela tecnologia, mas a contação dá um profundo senso de
união, de pertencer a um grupo, de viver no coletivo. O resgate disso tudo é o
benefício da narrativa”. É assim que Maísa Guapyassú, presidente daCasa do Contador
de Histórias, define o poder da narrativa e o papel dos contadores de
histórias.
Aprendendo com os contos
Para Maísa, ouvir e narrar histórias traz
benefícios educativos, sociais e culturais. “Desenvolvemos os sentidos e a
imaginação. Aumentamos o vocabulário, despertamos a curiosidade e a vontade de
partilhar experiências. Também desenvolvemos habilidades sociais: aprendemos as
regras de convivência. Por fim, garantimos e mantemos uma identidade cultural e
asseguramos nosso lugar no mundo”, argumenta ela que há seis anos participa do
projeto que é uma Oscip (organização da sociedade civil de interesse público) e
conta com 50 voluntários contadores de histórias.
Para o contador Warley Goulart, integrante do
grupo Os Tapetes Contadores de
Histórias, saber lidar melhor com os imprevistos da vida é o maior
aprendizado que as histórias podem trazer. “O que nos diferencia dos outros
animais é nossa capacidade de criar narrativas para nós mesmos. E a experiência
audiovisual proporcionada por elas nos dá uma percepção mais crítica e sensível
da vida, ajudando a resolver nossos problemas”, enfatiza o contador; e ainda
afirma que se engana quem acha que as crianças são o único público dos
contadores de histórias. “Adolescentes e adultos também se beneficiam dos contos
uma vez que uma mesma história pode ser contada de diversas formas.Cinderela, por
exemplo, pode falar de uma mulher que passa por provações para ocupar seu espaço
na sociedade, ou a adolescente que tem problemas com sua mãe. Não
necessariamente se precisa contar aquela versão da Disney”, exemplifica
Warley.
Diante de tantos benefícios, a contação de
histórias tem sido muito usada no resgate de pessoas com problemas sociais, como
o uso de drogas, e como recurso terapêutico dentro de hospitais. “Para essas
pessoas, as experiências partilhadas pelas histórias, e reconhecidas pela alma
humana, fazem com que elas revisitem suas vidas e encontrem forças para vencer
obstáculos. As histórias apresentam uma estrutura comum que organizam o pensar e
o sentir do ser humano, direcionando-o a agir”, garante Maísa.
Gostou desse post? Então, nos fale de algum
conto que marcou sua vida e poderia tornar-se um bom repertório para contadores
de histórias.
É MEU DIA TAMBÉM! KKK
ResponderExcluirCOMEÇA UM NOVO OUTONO E FAREI UMA NOVA PRIMAVERA! ;)
MEU DIA EM TODOS OS SENTIDOS POIS SE NÃO SEI CONTAR HISTÓRIAS, ESCREVÊ-LAS, É COMIGO MESMO!
ABRAÇÃO, COLEGA ISABEL!