O
aspecto afetivo tem uma profunda influência sobre o desenvolvimento intelectual
da criança, pode acelerar ou diminuir o ritmo de desenvolvimento, além de
determinar sobre que conteúdos a atividade intelectual se concentrará. Na teoria
de Piaget, o desenvolvimento intelectual é considerado como tendo dois
componentes: um cognitivo e outro afetivo. Paralelo ao desenvolvimento cognitivo
está o desenvolvimento afetivo. O afeto inclui sentimentos, interesses ,
desejos, tendências, valores e emoções em geral. Piaget aponta que há aspectos
do afeto que se desenvolve.
São várias as
dimensões, que o afeto apresenta, incluindo os sentimentos subjetivos (amor,
raiva, depressão) e aspectos expressivos (sorrisos, gritos, lágrimas). Na sua
visão, o afeto se desenvolve no mesmo sentido que a cognição ou inteligência. E
é responsável pela ativação da atividade intelectual.
Analisando os vários
livros de Piaget percebe-se que este descreveu cuidadosamente o desenvolvimento
afetivo e cognitivo do nascimento até a vida adulta, centrando-se na infância.
Com suas capacidades afetivas e cognitivas expandidas através da contínua
construção, as crianças tornam-se capazes de investir afeto e ter sentimentos
validados nelas mesmas.
Neste aspecto, a
auto-estima mantém uma estreita relação com a motivação ou interesse da criança
para aprender. O afeto é o princípio norteador da auto-estima. Após desenvolvido
o vínculo afetivo, a aprendizagem, a motivação e a disciplina como 'meio' para
conseguir o autocontrole da criança e seu bem estar são conquistas
significativas.
A afetividade
consiste em poder fazer com que a criança receba o contato físico, verbal, a
relação de cuidados, mas isso também implica conflitos, envolvendo amor e raiva.
O pai e o professor, educadores que são, devem entender que têm uma missão: construir um ser humano. Isso somente acontecerá pela obra do amor, amor esse que cobra, que é duro, que traz sofrimento e preocupação, mas, por outro lado, traz muito prazer e a realização do ato humano mais criador - fazer nascer um ser de verdade.
Existem características próprias da profissão dos educadores que devem ser levadas em conta, uma vez que lidam com a formação de seres humanos e trabalham com os aspectos cognitivos e afetivos, o que exige uma diversificação de atitudes para atender às diferentes demandas escolares e sociais.
Assim, para
que a criança tenha um desenvolvimento saudável e adequado dentro do ambiente
escolar, e conseqüentemente no social, é necessário que haja um estabelecimento
de relações interpessoais positivas, como aceitação e apoio, possibilitando
assim o sucesso dos objetivos educativos.
Na condição de educadores, precisamos estar atentos ao fato de que, enquanto não dermos atenção ao fator afetivo na relação educador-educando, corremos o risco de estarmos só trabalhando com a construção do real, do conhecimento, deixando de lado o trabalho da constituição do próprio sujeito que envolve valores e o próprio caráter necessário para o seu desenvolvimento integral.
O amor, o afeto é a chave para a educação. Temos que valorizar o aluno, dando amor, afeto, carinho, o que leva a auto estima. A educação passa por um processo de transformação. O entendimento das resistências escolares cotidianas como meio para encontrar resposta à adaptação e permanência da criança ao ambiente escolar leva o educador a abrir-se às inovações da Educação Infantil.
O professor deve criar a capacidade que gere espírito crítico para a interação, para melhorar, os estímulos, incentivos, motivar para melhorar a auto estima.
Fazer com que a pessoa se sinta responsável pelo processo educativo, se sinta sujeito da educação.
Dar meios, elementos, para que os alunos resolvam os problemas, as soluções, os desafios.
Debater, dialogar para encontrar soluções.
Enfim,
compreende-se que a educação é dinâmica e provocadora de reflexões, portanto o
professor deve acompanhar esse processo de mudanças e reflexões, na busca de
novos conhecimentos, novos desafios e novas conquistas e através do afeto criar
laços de múltiplas aprendizagens.
Ser professor é reconhecer as dificuldades sim, mas mantendo uma postura ativa na minimização e superação delas. Acreditar também que as mudanças estão em cada um e que se pensamos e queremos paz, temos que começar a exercitar em nossa própria vida, em nossa família, escola, sala de aula.
Ser professor é reconhecer as dificuldades sim, mas mantendo uma postura ativa na minimização e superação delas. Acreditar também que as mudanças estão em cada um e que se pensamos e queremos paz, temos que começar a exercitar em nossa própria vida, em nossa família, escola, sala de aula.
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