Leitura e escrita são atividades que, desde quando o homem sentiu necessidade de ampliar suas formas de comunicação, andaram juntas. Não se concebe na atualidade, atividades de leitura e escrita de forma dissociada. Assim, para que o aluno seja um bom escritor é necessário que ele seja também um bom leitor. Bom leitor no sentido de interpretar de forma coerente e critica, algo lido. Desta forma, além das atividades de produção de textos propriamente ditas, é importante que o professor tenha a preocupação de estar atento a quatro aspectos que o leitor atende quando lê: percepção da palavra, compreensão, reação e integração. Isto quer dizer que, ao ler, nossos alunos além de RECONHECER a palavra escrita devem COMPREENDER o que leu, isto é, ligar a palavra ao seu significado; REAGIR À LEITURA, o que significa gostar ou não do que leu o que denota subjetividade; INTEGRAR, ou seja, relacionar o que leu com outras partes do texto e com as suas experiências anteriores sobre o assunto. Isto ocorrendo desta forma, favorece o desempenho do aluno enquanto produtor de um texto, mas e a produção de texto dos alunos que ainda não sabem ler, ou seja , não estão alfabetizados?
Nós professores alfabetizadores, na maioria das vezes quando falamos de uma produção de texto na alfabetização, vêm logo algumas interrogações:
- Será que é possível produzir textos sem estar alfabetizado?
- Como uma criança que ainda não sabe ler poderá produzir um texto?
Todas essas interrogações vão depender do que entendemos por produção de texto.
Por estar alfabetizada, não significa que a criança produz textos melhores. O que acontece é que a criança alfabetizada produz e escreve seu próprio texto, já a não alfabetizada apenas produz oralmente. Desta forma, apesar de não dominarem completamente a escrita, é possível trabalhar com produção de textos na alfabetização.
As crianças possuem um rico repertório de ideias e vocabulários, mesmo não tendo uma postura convencional de escritores, podem e devem fazer parte da criação de textos em sala de aula.
A FINAL, O QUE SE ENTENDE POR TEXTO?
Um texto não se restringe ao ato da palavra escrita, pois texto é tudo aquilo que é possível ser compreendido pelo interlocutor (ouvinte/leitor) podendo ser oral ou escrito.
O trabalho com produção de textos tem como finalidade formar escritores competentes capazes de produzir textos coerentes, coesos e eficazes. Pensar em um trabalho assim com a alfabetização, parece ser uma pretensão muito grande, porém não é pretensão, mas sim uma meta. É nas séries iniciais que precisamos despertar nas crianças o gosto pela leitura e as habilidades para produção de textos.
Para aprender a escrever, é necessário ter acesso à diversidade de textos escritos, testemunha a utilização que se faz da escrita em diferentes circunstâncias, defrontar-se com as reais questões que a escrita coloca a quem se propõe produzi-la, arriscar-se a fazer como consegue e receber ajuda de quem já sabe escrever. Sendo assim, o tratamento que se dá à escrita na escola não pode inibir os alunos ou afastá-los do que se pretende; ao contrário, é preciso aproximá-los, principalmente quando são iniciados "oficialmente" no mundo da escrita através da alfabetização. Afinal, esse é o início de um caminho que deverão trilhar para se transformarem em cidadãos da cultura escrita.
Se o nosso objetivo é formar escritores competentes, supõe, portanto, uma prática continuada de produção de textos na sala de aula, situações de produção de uma grande variedade de textos de fato e uma aproximação das condições de produção às circunstâncias nas quais se produz esses textos. Portanto precisamos tomar alguns cuidados em relação às atividades de produção de texto, pois muitas vezes inibimos a criatividade dos nossos alunos.
a) Datas Comemorativas – Ainda deparamos com textos relacionados as datas importantes ou comemorativas como por exemplo “as férias”, “Dia das Mãe” ou “Dia dos pais”. Como no primeiro dia de aula o aluno vai escrever sobre suas férias? Se não foram férias? E, ainda como falar de algo tão particular e em alguns casos até constrangedor para um professor desconhecido? Pois se este será o único a ler o seu texto.
Outra situação que percebemos é a seguinte: “Escreva um poema ara sua mãe” ou “descreve o seu pai”. Muitos dos alunos chegam até a chorar neste dia ou mesmo a faltar na escola porque não têm boas lembranças dos pais. Alguns são órfãos de mãe, outros foram abandonados.
É fundamental que o professor tenha cuidado ao sugerir temas para produção textual, que conheça um pouco da história de vida de cada aluno, e que saiba respeitar as particularidades da vida do aluno. Pois, forçando o aluno a produzir um texto fora da sua realidade pode ser desastroso, chegando a ser uma poda de seus “sonhos criativos”.
Sabemos que a mediação do professor e a variedade de atividades nas produções de texto são fundamentais para o desenvolvimento produtivo das crianças.
Deixo aqui algumas sugestões de atividades possíveis, de produção de texto na alfabetização:
- Produção de texto coletivo: situação em que o professor é o escriba do texto ditado pelos estudantes.
- Criar agendas telefônicas.
- Legendas.
- Reescrita de histórias conhecidas.
- Listas temáticas.
- Reconto de histórias ouvidas.
- Etiquetar objetos da sala e materiais pessoais, etc.
Estas atividades e outras mais que você pode criar em sua sala, faz com que os alunos se percebam capazes de produzir textos mesmo sem saber escrever convencionalmente.
Autora: Lourdes Alves de Souza
FONTE: http://ativlurdinha.blogspot.com.br
Nós professores alfabetizadores, na maioria das vezes quando falamos de uma produção de texto na alfabetização, vêm logo algumas interrogações:
- Será que é possível produzir textos sem estar alfabetizado?
- Como uma criança que ainda não sabe ler poderá produzir um texto?
Todas essas interrogações vão depender do que entendemos por produção de texto.
Por estar alfabetizada, não significa que a criança produz textos melhores. O que acontece é que a criança alfabetizada produz e escreve seu próprio texto, já a não alfabetizada apenas produz oralmente. Desta forma, apesar de não dominarem completamente a escrita, é possível trabalhar com produção de textos na alfabetização.
As crianças possuem um rico repertório de ideias e vocabulários, mesmo não tendo uma postura convencional de escritores, podem e devem fazer parte da criação de textos em sala de aula.
A FINAL, O QUE SE ENTENDE POR TEXTO?
Um texto não se restringe ao ato da palavra escrita, pois texto é tudo aquilo que é possível ser compreendido pelo interlocutor (ouvinte/leitor) podendo ser oral ou escrito.
O trabalho com produção de textos tem como finalidade formar escritores competentes capazes de produzir textos coerentes, coesos e eficazes. Pensar em um trabalho assim com a alfabetização, parece ser uma pretensão muito grande, porém não é pretensão, mas sim uma meta. É nas séries iniciais que precisamos despertar nas crianças o gosto pela leitura e as habilidades para produção de textos.
Para aprender a escrever, é necessário ter acesso à diversidade de textos escritos, testemunha a utilização que se faz da escrita em diferentes circunstâncias, defrontar-se com as reais questões que a escrita coloca a quem se propõe produzi-la, arriscar-se a fazer como consegue e receber ajuda de quem já sabe escrever. Sendo assim, o tratamento que se dá à escrita na escola não pode inibir os alunos ou afastá-los do que se pretende; ao contrário, é preciso aproximá-los, principalmente quando são iniciados "oficialmente" no mundo da escrita através da alfabetização. Afinal, esse é o início de um caminho que deverão trilhar para se transformarem em cidadãos da cultura escrita.
Se o nosso objetivo é formar escritores competentes, supõe, portanto, uma prática continuada de produção de textos na sala de aula, situações de produção de uma grande variedade de textos de fato e uma aproximação das condições de produção às circunstâncias nas quais se produz esses textos. Portanto precisamos tomar alguns cuidados em relação às atividades de produção de texto, pois muitas vezes inibimos a criatividade dos nossos alunos.
a) Datas Comemorativas – Ainda deparamos com textos relacionados as datas importantes ou comemorativas como por exemplo “as férias”, “Dia das Mãe” ou “Dia dos pais”. Como no primeiro dia de aula o aluno vai escrever sobre suas férias? Se não foram férias? E, ainda como falar de algo tão particular e em alguns casos até constrangedor para um professor desconhecido? Pois se este será o único a ler o seu texto.
Outra situação que percebemos é a seguinte: “Escreva um poema ara sua mãe” ou “descreve o seu pai”. Muitos dos alunos chegam até a chorar neste dia ou mesmo a faltar na escola porque não têm boas lembranças dos pais. Alguns são órfãos de mãe, outros foram abandonados.
É fundamental que o professor tenha cuidado ao sugerir temas para produção textual, que conheça um pouco da história de vida de cada aluno, e que saiba respeitar as particularidades da vida do aluno. Pois, forçando o aluno a produzir um texto fora da sua realidade pode ser desastroso, chegando a ser uma poda de seus “sonhos criativos”.
Sabemos que a mediação do professor e a variedade de atividades nas produções de texto são fundamentais para o desenvolvimento produtivo das crianças.
Deixo aqui algumas sugestões de atividades possíveis, de produção de texto na alfabetização:
- Produção de texto coletivo: situação em que o professor é o escriba do texto ditado pelos estudantes.
- Criar agendas telefônicas.
- Legendas.
- Reescrita de histórias conhecidas.
- Listas temáticas.
- Reconto de histórias ouvidas.
- Etiquetar objetos da sala e materiais pessoais, etc.
Estas atividades e outras mais que você pode criar em sua sala, faz com que os alunos se percebam capazes de produzir textos mesmo sem saber escrever convencionalmente.
Autora: Lourdes Alves de Souza
FONTE: http://ativlurdinha.blogspot.com.br
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