A partir de 1990, um dos assuntos pedagógicos que ganharam importância e extensão foi a leitura. Educadores e professores de diferentes áreas de conhecimento e de todos os níveis de ensino (da educação infantil ao ensino superior), além de sociólogos, jornalistas, psicólogos, psicanalistas e historiadores, têm se dedicado a estudar os diversos aspectos e sujeitos envolvidos com leitura, textos e leitores. Muitas publicações surgiram em decorrência, principalmente no campo da educação e da formação de leitores. As pesquisas de diferentes órgãos nacionais e internacionais têm constatado a indigência dos níveis de leitura no Brasil, seja no que se refere à quantidade de livros lidos no período de um ano, seja nas dificuldades de interpretação e compreensão de textos, seja na obsessiva procura de informação em forma facilitada via rádio, TV e Internet, em detrimento da leitura de jornais e revistas, por exemplo.
Num resultado mais grave, as pesquisas detectaram que contingentes numerosos de pessoas que passaram pelo processo de escolarização e permaneceram sem atualização ou exercício de leitura e escrita involuíram no conhecimento, perderam sua capacidade de ler, compreender e escrever, constituindo o que se denomina hoje de analfabeto funcional, isto é, o que mal sabe redigir m bilhete ou entender um texto simples e curto, como uma frase.
Ler passa a representar, portanto, a firmação do sujeito, de sua história como produtor de linguagem e de sua singularização como intérprete. É esse reconhecimento do valor e mérito das subjetividades e das comunidades interpretativas que alicerça a relação com cidadania.
A escola, ao formar leitores, capacita-os, portanto, ao exercício, cada vez mais pleno, da cidadania.
Desde a educação infantil, o contato com os livros e textos multidisciplinares e em várias linguagens é indispensável.
Conviver com os diferentes gêneros textuais aguça a capacidade de distingui-los e de entender seu funcionamento.
A tarefa de graduar esses textos é atribuição do professor.
É imperativo que o professor atue como mediador. Paratanto, ele precisa ser um leitor competente, conhecendo acervos e dominando estratégias de trabalho com os inumeráveis einfinitos textos da cultura. Ao se tratar de leitura, não de admite o provérbio " em casa de ferrreiro, espeto de pau". Para formar leitores, é indispensável que o formador-mediador-profesor seja, ele também, um leitor de muitos textos, com conhecimento teórico, gosto pela leitura e reconhecimento da importância dos textos, em formato de livro ou não.
Quanto mais estudantes e professores exercitarem a compreensão abrangente e diversificada dos textos, tanto meis compelta será a formação do leitor, vale dizer, tanto mais preparada estará a comunidade escolar para viver a cidadania.
FONTE: REVISTA APRENDE BRASIL
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